o mosal

O MOSAL é um coletivo formado por pessoas e entidades de Florianópolis cujo objetivo é influir nas políticas públicas de saneamento básico, assim como promover a conscientização dos cidadãos através de ações e oficinas.
SANEAMENTO DESCENTRALIZADO
ESGOTAMENTO SANITÁRIO

RESÍDUOS SÓLIDOS

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Neste sábado o SUL DA ILHA vai mostrar seu desagrado!
Não queremos o megashow da Skol no Campeche!

SÁBADO, DIA 29, ÀS 10 HORAS DA MANHÃ

 vai ter PANFLETAGEM!
                                                                                Levem faixas, pirulitos, apitos, pinicos de plástico, etc! 

AV. PEQUENO PRÍNCIPE,
ESQUINA COM A RUA DA CAPELA
(EM FRENTE À PADARIA RECANTO DOS PÃES)







ATAQUE CONCATENADO DE EMPREENDIMENTOS E EVENTOS ASSOLA A ILHA


RUMO AO SUL 

Depois de destruído e “imundeado” pelo crescimento desregrado e especulação imobiliária, o norte da ilha passa a fazer parte da lista das paisagens usadas e prontas a serem descartadas.
Turistas mostram-se descontentes com a paisagem degradada e os abutres da especulação rapidamente buscam novos territórios para dar continuidade a seus ganhos, em substituição às terras usurpadas por sua ação predatória.
Os grandes investidores de rapina lançam seus olhos, agora para o sul da ilha, desejosos de infestar a terra com seus empreendimentos e eventos de grande porte. 
Herança maldita da colonização exploratória, que usa, abusa, solapa e descarta, tão presente na cultura política e econômica brasileira, repete-se aqui em Florianópolis de forma requintada.

COLAPSO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS

Ao mesmo tempo, que o plano de saneamento foi desenhado de forma a contemplar os interesses dos empresários do lixo e empreiteiras, desconsiderando as decisões comunitárias, assim como a urgência em se resolver de fato, a questão do saneamento em Florianópolis, o plano diretor é empurrado com a barriga pela PMF, deixando a cidade livre para o concatenado ataque de empreendimentos imobiliários e eventos de grande porte que, sem levar em conta o impacto irreversível que causam, solapam a ilha de forma arrebatadora.
Em impressionante tempo recorde, o sul da ilha sofre a ação predatória do tal "desenvolvimento", que atrai um número elevado de sonhadores desejosos de usufruir das belezas naturais locais, mas que, em seu estado de hipnose consumista, entram para a engrenagem especulativa de uma paisagem que se degrada pela ocupação individualista e exploratória da terra, onde ganham somente as construtoras e os políticos vendidos.

Qualidade de vida de longo prazo não existe em terras pisoteadas, que viram pólo de violência e degradação. Mas a história se repete da forma mais triste.

No Campeche brotam condomínios e pardieiros de boa aparência em áreas de preservação, construtoras drenam o lençol freático, deixando preciosa água jorrar 24 horas por dia, dias a fio, para viabilizar a construção de seu empreendimento. E para completar, um grande evento está programado para acontecer no início do mês de fevereiro.

RIOZINHO

Por que agora se ouve falar do Riozinho como o “point” do momento na televisão? E Florianópolis aparece em novela como tendo muita terra a ser ocupada? Os telespectadores locais sentem-se envaidecidos... Poxa!... Minha terra na TV!!!
É o investimento em marketing das construtoras e empresariado que atuam no mercado imobiliário e de eventos, agindo de forma muito bem planejada e concatenada, já a um bom tempo, com a elite política local. 
Depois de tudo vendido e construído, contudo quem veio de fora vai embora xingando e falando mal, e  a população local ( as pessoas que de fato tem ou criaram vínculo com a terra) fica com a conta a ser paga.

MEGA LIXO DO SHOW

É o caso do mega show internacional programado para fevereiro.
Em São Paulo, o Maeda, que tem espaço de uma grande fazenda para abrigar mega eventos, com equipe fixa, banheiros muito bem planejados, tratamento de esgoto ecológico, com exigente controle do uso dos recursos locais, declarou que não deu conta. O pós mega show deixou um rastro de destruição que deu grande trabalho para recuperação.
Imagine, então, um mega show na praia do Campeche?
Sem infraestrutura nenhuma, sem controle algum de uso de espaço- além de ser um bairro residencial e  a praia, área de preservação.
Ganham os empresários, a “prefeitura” que “aluga” a praia, os músicos, os publicitários e a empresa de bebidas... O transtorno do trânsito, já caótico, a invasão de carros em ruas sem capacidade de absorver o tsunami de quatro rodas, o “day after” ou os “days after” ficam para a população local. A sujeira na areia, as marcas dos baladeiros, as dunas e restingas invadidas e danificadas ficam de lembrança. Além, o que é pior de tudo, do caminho sem volta que se abre...

ATITUDE

É um momento delicado... Muitas pessoas que se dizem preocupadas com a preservação de nossa ilha, de nossas praias, da vida e ecologia são expostas agora a uma grande prova... 
Enfrentam a tentação. 
Olhos brilhantes, falam do tal evento com paixão... o B...H... vem aqui!
É difícil vencer a tentação, não?
Não se conseguir dizer um não a um prazer...

A lição também pode ser a mais dura...
Depois... foi.

Raquel Macruz

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Manifestantes denunciam a Casan em manifestação no bairro dos Ingleses!

Parabéns a todos os organizadores e participantes da manifestação que ocorreu ontem na Praia dos Ingleses!
É indo para as ruas que se conseguem as mudanças!
Denúncias contra os desmandos e ineficiência da Casan devem pipocar por toda a ilha!
Vendem a idéia de que detêm a solução mega para nossos problemas, quando esse mega, além de caro, trás outros tantos mega problemas!
Esta é uma ilha, cidade média, mas tratada ( mal tratada) como mega cidade... 
Temos que pensar soluções descentralizadas mesmo, que contribuam com a consciência de nossos limites,  que ou aceitamos existirem, ou estaremos fadados a qualidade de vida zero em todas as estações.
Parabéns, uma vez mais. 
Abaixo, versão RBS da manifestação.

Raquel Macruz

Manifestantes fecharam rua no bairro dosIngleses, norte da ilha de Santa Catarina
A principal reclamação é a existência de um esgoto a céu aberto no local 
Cerca de 50 pessoas protestaram na manhã desta quinta-feira contra a falta de estrutura do bairro dos Ingleses, norte da ilha de Santa Catarina. A principal reclamação foi a existência de um esgoto a céu aberto, localizado na rua Dom João Becker, no centrinho.

Os manifestantes fecharam a rua com faixas e cartazes, por volta das 9h desta quinta-feira, o que provocou um congestionanento até as proximidades da praia do Santinho. A Polícia Militar esteve no local e as pistas já foram liberadas.

Outro problema apontado pelos moradores foi a rodoviária dos Ingleses, que segundo eles não possui estrutura para que os ônibus parem no local, o que ocasiona constantes congestionamentos.

O trânsito no centrinho dos Ingleses ainda flui lentamente. Caso o problema do esgoto não seja resolvido, os manifestantes ameaçam fazer novos protestos.