o mosal

O MOSAL é um coletivo formado por pessoas e entidades de Florianópolis cujo objetivo é influir nas políticas públicas de saneamento básico, assim como promover a conscientização dos cidadãos através de ações e oficinas.
SANEAMENTO DESCENTRALIZADO
ESGOTAMENTO SANITÁRIO

RESÍDUOS SÓLIDOS

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Políticas públicas: resíduos sólidos e despoluição dos rios- Rio Tâmisa


A questão do esgotamento sanitário, mesmo em países desenvolvidos, é ainda um tabu: mesmo
quando as pessoas sabem que o esgoto é tratado, não gostam muito de falar, assim 
como também não tem muita informação sobre o assunto.
Durante a Conferência Lixo Zero realizada em 2010 realizada em Florianópolis, os representantes
de entidades e sociedade civil apresentaram propostas e ações em andamento em seus respectivos
países que tinham características do conceito do modelo descentralizado em seu bojo, como
caminho escolhido para a questão dos resíduos sólidos. Os resultados apresentados demonstraram
que a "educação ambiental" era fator importante no processo, mas que sem alterações e 
construção de novas políticas públicas e vontade política, principal e essencialmente,
os processos demorariam até 100 anos para atingir ... 

e mais...
O caso Tâmisa ( Ecodebate)
O rio que corta Londres já foi exemplo de catástrofe ambiental. Quem caísse nas suas águas morria. A partir de1957
o governo investiu e o Tâmisa virou um exemplo de recuperação. Mas não dá para tomar banho

Eduardo Araia
Em 1878, 600 passageiros do navio a vapor Princess Alicemorreram em Barking, na região leste da
Grande Londres, após a embarcação colidir e ir a pique. O principal vilão da tragédia não foi o
afundamento: as vítimas foram intoxicadas pela poluição das águas do Rio Tâmisa enquanto
nadavam para alcançar as margens.
O drama do Princess Alice é um exemplo das condições em que o rio de 346 quilômetros de
extensão o maior da Inglaterra se encontrava na época vitoriana. A água despejada pelas indústrias
 e os dejetos provindos dos recém-inventados vasos sanitários fluíam diretamente para o rio ao
 longo de cidades importantes como Oxford, Windsor, Kingston, Richmond e Londres. A vida
 selvagem, peixes, mamíferos e aves, agonizava. Para piorar, os londrinos bebiam água retirada
 sem tratamento, o que resultou na morte de milhares de pessoas.
A situação só mudou para valer a partir de 1957...

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terça-feira, 26 de junho de 2012

Entidades do Norte da Ilha denunciam ampliação ilegal



Entidades sociais e comunitárias do Norte da Ilha vão denunciar publicamente o projeto da Casan de ampliação da estação de tratamento de esgotos de Canasvieiras e lançamento dos dejetos nos rios Paraquara/Ratones e Baía Norte de Florianópolis. A decisão foi tomada nesta segunda-feira (25.6) durante reunião no clube Avante, em Santo Antônio de Lisboa.

O encontro convocado pelo Conselho Local de Saúde teve o respaldo das entidades da Barra do Sambaqui, Santo Antônio de Lisboa e Sambaqui, com presença de representantes do Saco Grande, Pontal de Jurerê/Daniela, Canasvieiras, Ponta das Canas, Vargem do Bom Jesus e Campeche.

O ponto central foi o projeto da Casan de reunir em Canasvieiras os esgotos de Ingleses, Jurerê, Cachoeira do Bom Jesus e Praia Brava, onde o mesmo será tratado e lançado no rio Papaquara. O tom geral dos pronunciamentos foi de desconfiança da competência tênicas da Casan de elaborar e executar um projeto eficaz.

Multas

Segundo relato do analista ambiental e chefe da Estação Ecológica de Carijós (ICMBio), Sílvio de Souza Júnior, a Casan recebeu multa do órgão no valor de R$ 1,2 milhão por não cumprir as exigência da licença ambiental. Ou seja, lança no rio Papaquara óleos, graxas e produtos químicos como fósforo e nitrogênio em quantidades até 50 vezes superiores ao máximo admitido na legislação.

A Casan também foi multada por operar a estação de tratamento de esgotos de Vila União sem nenhum tipo de licença ambiental. No caso da estação do Saco Grande, além da poluição, a Casan opera a unidade munida apenas de uma licença de instalação. A multa foi aplicada em novembro do ano passado.

Ação

O ICMBio pode entrar com ação na Justiça contra a Casan sob a acusação de prática de diferentes crimes ambientais, informou Sílvio de Souza Júnior. Representantes do órgão federal e da estatal catarinense se reúnem na manhã desta terça-feira (26.6) para tratar do pagamento da multa. Conforme for o resultado, o ICMBio poderá representar judicialmente a Casan.

Denúncia

Os resultados da reunião desta segunda-feira no Avante vão ser reunidos em um documento e encaminhados ao Conselho Municipal de Saneamento de Florianópolis, ue se reúne esta semana. Além disso, a agência japonesa JICA que financia projetos da Casan, vai ser informada das irregularidades na ampliação da estação de tratamento de esgotos de Canasvieiras, sem estudo de impacto ambiental e controle da sociedade.

“O aumento da capacidade da estação de Canasvieiras e o lançamentos dos efluentes que chegarão ate a Baía Norte, podem comprometer a balneabilidade de toda a região e inviabilizar a maricultura”, disse Marcos Jorge de Moraes, coordenador do Conselho Local de Saúde de Santo Antônio. “Estamos enfrentando esse problema pois ele repercute na saúde pública”, justificou.

Também está prevista audiência pública dentro de 15 dias, envolvendo comissões da Câmara Municipal e da Assembléia Legislativa. A reunião teve a presença do representante da agência reguladora do saneamento (Agesan), Marcos Azambuja, que se comprometeu a ajudar no esforço de barrar o projeto da Casan.

VÍTIMA DO CÉSIO-137 SERÁ INDENIZADA POR DANOS MORAIS


Em decisão inédita, Justiça condena União e Comissão Nacional de Energia Nuclear a pagar R$ 100 mil à vítima


Goiânia - 1987
Você se lembra disto?


GOIÂNIA - A Justiça Federal em Goiás condenou ontem a União e a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) a pagar indenização de R$ 100 mil...
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http://mosal-residuossolidos.blogspot.com.br/

Em 1987, a América Latina viveu seu primeiro e maior acidente radiológico, quando 20 gramas de césio-137, presentes dentro de um aparelho de radioterapia desativado, caíram nas mãos de dois catadores de sucata de Goiânia. O elemento radioativo despertou a atenção das pessoas por seu brilho azul e logo desencadeou um processo de contaminação.
Um prédio do Instituto Goiano de Radioterapia destruído e abandonado com um 
aparelho de radioterapia desativado foi a causa deste "Chernobyl do Brasil", que 
foi classificado como nível 5 na Escala Internacional de Acidentes Nucleares. Um aparelho construído nos anos 1950 para tratar câncer virou uma bomba 
radioativa, quando dois catadores de ferro velho, sem conhecimento do perigo, 
tiraram este aparelho com quase 20 gramas da substância radioativa, o Césio 137.
Assim começou uma reação em cadeia que afetou e destruiu a vida de centenas de pessoas. A parte afetada do corpo mais visível foram as mãos, porque com elas foram feitos os primeiros contatos com este elemento altamente radioativo.

                            













A fotografia mostra policiais militares em cordão de isolamento para conter moradores de Goiânia que tentavam impedir o enterro de uma das vítimas do césio-137. (foto: CPDoc JB)
Um dos exemplos mais fortes da segregação sofrida por aqueles que tiveram contato com o Césio 137 foi capturado em uma fotografia que mostra policiais contendo a população goianense, que, com medo da contaminação, tentava impedir o enterro de uma das vítimas na cidade.
Detalhe curioso: uma das soluções que foram cogitadas para o lixo nuclear depois do acidente em Goiânia, que chegou a ser aprovada pelo então presidente José Sarney, era estocar os rejeitos na Serra do Cachimbo, no Pará, em uma área militar próxima à reserva indígena dos Kayapós.