o mosal

O MOSAL é um coletivo formado por pessoas e entidades de Florianópolis cujo objetivo é influir nas políticas públicas de saneamento básico, assim como promover a conscientização dos cidadãos através de ações e oficinas.
SANEAMENTO DESCENTRALIZADO
ESGOTAMENTO SANITÁRIO

RESÍDUOS SÓLIDOS

sexta-feira, 8 de abril de 2011

70% do esgoto que CASAN "coleta" continuará sem tratamento em 2015




Hoje, só 12% da população do Estado tem acesso à rede de esgoto ( em 1990, o índice era de 9,5%).
Casan atende 198 dos 293 municípios do Estado-  70% do esgoto que a empresa coleta continuará sem tratamento em 2015. Hoje, 19% dos 2,5 milhões de habitantes atendidos pela Casan têm suas casas ligadas à rede coletora ( sem tratamento!!!)
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2009 mostra:
99% da população têm acesso à rede elétrica, 
89% à coleta de lixo, 
84% ao abastecimento de água 
84% à telefonia fixa
59% dos brasileiros têm coleta e tratamento de esgoto (contando a fossa séptica!!!)
Casan conta com investimentos de R$ 1,2 bilhão ( verbas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) e Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD)) para chegar a 30% de tratamento de esgoto aos clientes
Investimentos em 2010 - R$ 45 milhões - Criciúma, São José e Florianópolis.
Cidades de Santa Catarina optam pela municipalização
Aumenta o número de cidades que municipalizam o serviço no Estado:
Desde 2003 a Casan perdeu a concessão de 19 municípios: Joinville é uma das que optaram, em 2005, por gerenciar o tratamento de esgoto, que atende apenas 14% dos habitantes. A Companhia Águas de Joinville prevê subir o índice para 53% até 2012.
Blumenau, que tem apenas 6% de tratamento de esgoto, tercerizou o serviço: consórcio liderado pela Foz do Brasil 
Palhoça, os serviços foram municipalizados em 2007, com . Mas a promessa de sanear o município em cinco anos não aconteceu até agora. 
Governador Celso Ramos, na Grande Florianópolis municipalizou a água e o esgoto em 1991, quando foi criado o Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae). Depois de 20 anos, não houve evolução no tratamento de esgoto, e apenas três loteamentos têm sistema de coleta.
(dados ROBERTA KREMER, DC, 29/01/2011)
Intenções da Casan com relação ao emissário do Campeche:
Esta prevista entrega de estudo oceanográfico sobre as correntes marítimas e a temperatura da água do Campeche pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali). Passando pela Fundação de Meio Ambiente (Fatma) para requisição da licença ambiental, ele, assim eles esperam, passará por audiência pública ( Audiência não é anuência!). O investimento previsto é de R$ 97 milhões.
Nos Ingleses, Norte da Ilha, a estatal aguarda a decisão da Fatma em conceder a licencia prévia para começar a obra do emissário.
Segundo relatório do Instituto Trata Brasil, Florianópolis está na 30º posição do ranking, com apenas 51% do esgoto coletado e 40% tratado. O estudo foi feito em 81 municípios brasileiros com mais de 300 mil habitantes.



segunda-feira, 4 de abril de 2011

RECURSOS HÍDRICOS E SANEAMENTO

Parcial de RECURSOS HÍDRICOS E SANEAMENTO
de Masato Kobiyama, Aline De Almeida Mota, Cláudia Weber Corseuil

9. ASPECTOS FILOSÓFICOS
“O que somos é conseqüência do que pensamos.”
Buda
9.1. “SMALL IS BEAUTIFUL” E SEUS ORIUNDOS
ASPECTOS
A freqüência e a magnitude dos problemas relacionados aos recursos
hídricos e ao saneamento podem aumentar. Este aumento pode estar associado
com o crescimento populacional, concentração da população nos centros
urbanos e com o mau planejamento e utilização das bacias hidrográficas pelo
homem. Além disso, é dito que a mudança climática global (tanto o
aquecimento, quanto o esfriamento) aumenta a freqüência e a intensidade de
eventos hidrológicos extremos, contribuindo para o aumento desses problemas.
Nestas circunstâncias, é necessário realizar medidas estruturais e não
estruturais parareduzir osprejuízos. Paraisto, precisase ter uma orientação
filosóficaadequada.
Neste caso, a orientação mais adequada pode ser encontrada no livro
“Small is beautiful” que o economista alemão Ernst Friedrich Schumacher
(19111977) escreveu em 1973. Segundo Schumacher (1983), o mundo atual
que vem sendo construído com a filosofia, a ciência e a tecnologia moderna,
está começando a enfrentar três crises: (1) a natureza do ser humano está 
sufocada pelas tecnologias e organizações não humanas; (2) o ambiente que
sustenta a vida do ser humano está danificado e já evidencia o diagnóstico do
início do colapso; (3) os recursos naturais não renováveis indispensáveis, no
modelo atual, para o crescimento econômico, em especial o petróleo, estão
esgotando. As causas destas crises são o materialismo e a fé nas gigantes
tecnologias,osquaissãogeradosnumcontextodeambição,deindividualismo
e de concentração de riquezas. O atual cenário no qual o capitalismo e as
megatecnologias causam um exagerado consumo de energia e,
conseqüentemente, geram uma grande quantidade de entropia, foi discutido
por Rifkin (1981) e Georgescu Roegen (1999). Segundo os mesmos autores, o
mundo entra em colapso quando a quantidade da entropia ultrapassa a sua
capacidade de assimilála. Para evitar essa crise, esses autores recomendam
introduzir o novo conceito de Schumacher “Small is beautiful” à sociedade
atual.
Em relação à educação, tecnologia, urbanização, indústria, agricultura,
economia, entre outros, Schumacher (1983) enfatizou que, os métodos e as
ferramentas empregadas na tecnologia devem ser suficientemente baratos para
que praticamente todas as pessoas possam adquirir e aplicar e m uma pequena
escala, incentivando a criatividade das mesmas. Assim, o mesmo autor criou
esse novo conceito “Small is beautiful”, que hoje é um slogan internacional.
Na mesma linha filosófica de desenvolvimento sustentável, mas com
outro aspecto, o antropólogo japonês Shinichi Tsuji (1952 ) escreveu o livro
“Slow is beautiful” em 2001. Com base na descrição de Tsuji (2001),
Kobiyama et al. (2007c) destacaram a necessidade de aumentar a rugosidade
no curso da água e retardar (armazenar) a água na drenagem urbana.  
aumento da rugosidade pode ser realizado de duas maneiras: (1) aumentar o
coeficiente de rugosidade devido à inserção de obstáculo na superfície, e
criando atrito maior contra o fluxo; e ( 2) evitar a retificação do curso de água
(por exemplo, não fazer o canal artificial retificado nos rios com meandros).
Em condições naturais a bacia, normalmente, possui o coeficiente de
rugosidade mais alto e o canal mais sinuoso. Tendo sua capacidade de
armazenamento elevada, a bacia natural deixa o fluxo mais lento. Assim...

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