o mosal

O MOSAL é um coletivo formado por pessoas e entidades de Florianópolis cujo objetivo é influir nas políticas públicas de saneamento básico, assim como promover a conscientização dos cidadãos através de ações e oficinas.
SANEAMENTO DESCENTRALIZADO
ESGOTAMENTO SANITÁRIO

RESÍDUOS SÓLIDOS

quinta-feira, 3 de março de 2011

O Vale tudo da USITESC 440MW- Muita cara deslavada e sua tecnologia movida a magia, ilusionismo e artes cênicas...

LUTA ÁRDUA CONTRA A QUEIMA DE COMBUSTÍVEIS FÓSEIS DA USITESC 440MW.
E O SILÊNCIO DA PROCURADORIA E DEFENSORIA DA UNIÃO é o que relata mensagem que recebemos do pessoal da Sócios da Natureza.


DENÚNCIA CONTRA A MAIS SUJA FONTE ENERGÉTICA DO PLANETA: A QUEIMA DE COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS.

A ONG Sócios da Natureza do Sul de Santa Catarina continua sua solitária luta contra a queima de combustíveis fósseis com a implantação da USITESC 440MW, mais uma famigerada usina a carvão mineral na região epicentro do furacão Catarina, onde já existe a mega Jorge Lacerda com 856MW - a maior termelétrica da América do Sul. 
O poderoso setor carbonífero insiste na tática de Goebbels de que ''a queima é limpa e a emissão é zero'', que recuperarão o passivo ambiental queimando rejeito de carvão misturado com terra, que praticamente não utilizarão água, mas um outro moderno sistema de resfriamento das turbinas, ou seja, uma beleza tecnológica movida a magia, ilusionismo e artes cênicas...  
Protocolamos um documento no MPF de SC requerendo a anulação da irregular licença concedida pela FATMA/SC, porém 30 dias se passaram e nenhum comunicado recebemos da Procuradoria e nem da Defensoria da União. Receamos por um possível ARQUIVAMENTO da nossa reivindicação!!!
Recebemos telefonemas ironizando o pedido de anulação, do qual entendemos como uma espécie de sutil ameaça partindo de defensores de somas tão elevadas de dinheiro, afinal o empreendimento ultrapassa a casa de um bilhão de reais, portanto os interesses são muitos.

OBS. A semana passada o MPF de Bagé/RS recomendou a paralisação de Candiota III, térmica do PAC inaugurada sem atender o cumprimento da legislação ambiental no que toca as emissões de gases poluentes.

Coordenação Geral da ONG Sócios da Natureza
48 / 9985 0053
Araranguá - SC, 03/03/2011.  

Sul da ilha se manifesta no MPF

MOSAL- presente!!!


Militantes do ND do Campeche, ND do Pântano do Sul, Rádio Campeche e outros tantos do sul como de outras localidades da ilha realizaram um ato de protesto ontem, 02 de março, no Ministério Público Federal onde também fizeram denúncia contra o empreendimento “Campeche Beach Club”, que está drenando água do lençol freático desde há meses, num total de 130 mil litros por dia!!! 
Veja matéria abaixo:


por Elaine Tavares
Representantes das entidades do Conselho Popular do Núcleo Distrital do Campeche, mais o Movimento Saneamento Alternativo (Mosal) e Núcleo Distrital do Pântano do Sul, realizaram ontem, 02 de março, um ato de protesto em frente ao Ministério Público Federal onde também ofereceram denúncia contra o empreendimento “Campeche Beach Club”, que está drenando água do lençol freático desde há meses, num total de 130 mil litros por dia. É água pura que está sendo jogada fora e cujo rebaixamento do lençol pode provocar inúmeros problemas, inclusive a desertificação do bairro. As entidades denunciaram ainda que o empreendimento pretende burlar o Plano Diretor, construindo um subsolo, garantindo assim bem mais do que três pavimentos.

Os seres humanos são feitos 75% de água, logo, a água é fundamental para a vida, e esta que brota das torneiras não é coisa mágica. Ela precisa existir na natureza e estar em condições para o consumo. O Campeche tem um lençol freático de muita qualidade que tem servido para o abastecimento de toda a planície. Essa reserva não é inesgotável. Pode acabar se não for cuidada.
Hoje, as grandes construções em andamento no Campeche, para ganhar espaço no subsolo, têm drenado água, provocando o rebaixamento do lençol freático. Esse tipo de ação pode causar sérios problemas para todos os que ali vivem, tais como: redução da umidade média dos terrenos em volta, provocando a perda da exuberância dos jardins com flores e árvores podendo até secar; afeta a vitalidade da vegetação de grande porte que se utiliza da água do lençol; faz com que os terrenos próximos à obra afundem e os pavimentos rachem. Além disso, como estamos próximo do mar, a água que escorre 24 horas, caminha para o oceano e depois volta junto com a água do mar, provocando a salinização da água do aqüífero, destruindo a capacidade de abastecimento.
Os representantes das entidades estiveram reunidos com o procurador Eduardo Barragan que prometeu investigar o caso. As entidades também foram até o Ministério Público Estadual onde igualmente ofereceram denúncia. Agora, se espera que os órgãos competentes garantam o fim deste crime ambiental. Durante as conversas nos ministérios, as entidades deixaram claro que ali é a última alternativa de busca de ajuda, uma vez que os órgãos como SUSP, Fatma, Ibama e IPUF não tomaram qualquer atitude com relação aos empreendimentos. Também denunciaram que outras construtoras que estão agindo no bairro igualmente estão com planos de rebaixamento do lençol freático e lembraram que a água que é consumida na planície do Campeche vem do subsolo, e não apenas do complexo do Peri. “Cuidar da água é fundamental para a vida da comunidade”, finalizou Telma Piacentini, uma das representantes das entidades.
 

terça-feira, 1 de março de 2011

URGENTE E MUITO BOM!


Vale a pena entrar e assistir, nem que seja em duas etapas!!!
Procure o filmete que se encontra sob o título:

SAIBA A VERDADE SOBRE A

INDUSTRIALIZAÇÃO DO DESCARTÁVEL.


A história das coisas

LIXO ZERO, JÀ!

Catadores temem fim dos lixões e buscam saída em cooperativas


O Estado de São Paulo
O fim dos lixões, previsto para ocorrer até 2014, preocupa parte dos cerca de 1 milhão de brasileiros que vivem da coleta de materiais recicláveis. A lei aprovada em 2010 determina que eles sejam incluídos em um novo modelo de coleta do lixo. “Eles temem não conseguir participar desse processo”, diz Jaira Puppin, coordenadora de comitê interministerial de Inclusão Social dos Catadores.
O número de lixões no país é desconhecido, mas o Ministério do Meio Ambiente (MMA) afirma que mais de 60% das cidades não tratam o lixo adequadamente. A reciclagem também é limitada. “Apenas 900 municípios de 5.565 possuem algum tipo de coleta seletiva”, afirma Sérgio Gonçalves, diretor de Ambiente Urbano do MMA.
Recentemente, o cotidiano dos catadores mobilizou artistas e cineastas. Em 2011, os catadores foram retratados no documentário ‘Lixo extraordinário’, que concorre ao Oscar com a apresentação da realidade do Aterro de Gramacho. O mesmo lixão foi cenário de ‘Estamira’ (2004), de Marcos Prado, e voltará às telas com ‘As crianças do lixão’, de Robert Ziehe.
Em Gramacho, os mais de 1,3 mil catadores garimpam o material reciclável em meio ao lixo despejado por cerca de 900 caminhões – 9 mil toneladas diárias. “Eu trabalhava em um depósito aqui perto, quando minhas colegas me contaram que havia um jeito de ganhar dinheiro mais fácil, sem burocracia. Assim eu vim parar aqui”, conta a catadora Débora da Cruz Amaral, de 26 anos. Ela afirma que conseguiu organizar sua vida com o dinheiro pago pelo lixo recolhido. “Comprei uma moto, um terreno e os móveis da minha casa”, afirma.
Sobre o fim do aterro, Débora diz que está determinada a procurar outras oportunidades. “Às vezes nem acredito que vim parar aqui. Não quero mais ficar aqui, já estou colocando currículos em empresas da região, vamos torcer”, conta a jovem.
A falta de perspectivas é compartilhada pelos colegas. “Ainda não sei o que vou fazer”, diz Isac Alves Rodrigues, 64 anos, que trabalha há mais de 20 em Gramacho. “Talvez eu vá para o Lixão de Bangu. Mas Seropédica (onde está sendo preparado um novo aterro sanitário) não. Lá é muito distante”, reclama o catador.
Hoje, o material recolhido é revendido para os 42 depósitos ao redor. Para o coordenador do aterro, Lucio Viana, as cooperativas de catadores devem substituir o atual sistema. “As cooperativas precisam se legalizar, ter a posse dos documentos exigidos, constituindo um fundo de apoio e capacitação aos catadores”, diz ele. O espaço deve ser desativado antes do prazo dado pelo governo federal. Em março, uma reunião entre governo e catadores deve definir a data final da desativação total.
A expectativa não é verificada nos arredores de Brasília, onde o dilema dos catadores já dura cinco décadas. A cerca de 10 quilômetros do plano piloto, uma verdadeira cidade se formou a partir do depósito de lixo. Ronei Alves de Lima, integrante do Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), avalia que a capital brasileira tenha quatro mil catadores e produza 2,4 mil toneladas de lixo por dia. O principal destino do lixo é o depósito irregular na Cidade Estrutural.
Na quarta-feira (23), deputados distritais visitaram o local e constataram as irregularidades. “O direito à vida é ignorado ali e isso coloca em risco o cumprimento dos direitos humanos. É preciso agir, e rapidamente”, disse a deputada distrital Celina Leão, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa. A situação no “Lixão da Estrutural” é a mesma desde 1960 e os catadores temem que eventuais mudanças não sejam bem conduzidas. “Para mudar, é de fundamental importância que o governo implante a coleta seletiva”, diz Ronei.
Segundo ele, há mais de 20 cooperativas em atividade no Distrito Federal. Ronei garante que o trabalho organizado pode render mais para os cooperados. “No lixão, recolhe mais, só que mais contaminado e com menos valor”, aponta. O cooperativismo também é apontado como saída por catadores de Serra, no Espírito Santo. A presidente da Recuperlixo, Maria do Carmo Cantilio, explica que a cooperativa abriga mais de 30 pessoas, com apoio de caminhões e galpões próprios. Após 12 anos de cooperativa, o contraste com o trabalho que antes era realizado a céu aberto, nos lixões, é grande. “Ali trabalha no meio de urubus. Muda muito”, aponta. Atualmente, o grupo recicla até 20 toneladas por mês. “É muito pouco ainda. Se tivesse coletiva, conseguiria 50 toneladas”, diz Maria.
Entretanto, a presidente da cooperativa alerta para o que considera riscos. “Concordo que acabem com os lixões, mas que não coloquem os trabalhadores escravizados”, explica. “Aqui, não somos empregados e não temos patrão. Eles (governo e prefeituras) têm que avaliar: dar o anzol e deixar eles pescarem”, afirma Maria. Segundo ela, um catador consegue até cerca de R$ 1 mil, de acordo com sua capacidade de trabalho e locais onde consegue retirar o material. Na cooperativa, o rendimento médio é de R$ 400 mil.
Orgulho e mudança – Minas Gerais tem 385 lixões e 227 aterros controlados, segundo dados da Gerência de Saneamento Ambiental da Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais (Feam). Para Maria Madalena Rodrigues Duarte Lima, 50 anos, o trabalho em um lixão começou quando ele tinha sete anos. Foi no lixão batizado de “Céu Aberto” em Itaúna, no Centro-Oeste do estado, que ela aprendeu a profissão. “A gente via que a catação não era uma coisa legal, mas não tão indigna e vergonhosa, era um trabalho”, conta.
Aos 38 anos, e depois de passar por cinco lixões, criou uma cooperativa de reciclagem responsável pela mudança em sua vida. “Hoje eu tenho orgulho por ter passado pelo lixão, porque através deste trabalho eu sou uma pessoa que resgatei minha cidadania, eu conquistei as coisas, meu sonho era comprar a casa própria, graças a Deus, a gente conseguiu com o dinheiro que vinha disso [lixo]”, explica. Ela conta que assistiu ao filme “Lixo extraordinário” e que se identificou com uma menina que usava várias roupas sobrepostas. “A gente tinha esse cuidado de vestir duas, três calças, duas, três blusas, vestir uma camisa de manga comprida, por uma coisa na cabeça para proteger”, lembra.
Desafio para governo federal – A coordenadora da secretaria executiva do Comitê Interministerial de Inclusão Social dos Catadores do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), Jaira Maria Alba Puppin, diz que a Lei de Resíduos Sólidos é o marco nas políticas voltadas para esses trabalhadores, mas admite que os que vivem na informalidade temem os efeitos das mudanças previstas para ocorrer até 2014. “Eles temem não conseguir participar desse processo, não serem contratados pelas prefeituras”, diz a coordenadora do comitê.
Para defender a inclusão dos catadores no processo de coleta da reciclagem do lixo, ela ressalta estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que aponta que o Brasil deixa de economizar R$ 8 bilhões com material que é depositado em lixões e aterros. Segundo ela, a avaliação do governo é de que, em 2007, o país tivesse entre 800 mil e 1 milhão de catadores. “Acho uma estimativa tímida”, avalia Jaira. Segundo ela, são cerca de mil os grupos que se relacionam com a administração pública.
O diretor de Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Sérgio Gonçalves, afirma que “mais de 60% dos municípios brasileiros dispõem de forma inadequada” o lixo. De acordo com ele, apenas 900 municípios dos 5.565 existentes no Brasil possuem algum tipo de coleta seletiva, seja organizado por empresas ou cooperativas. Ele ressalta que a estimativa do governo é de que o total de catadores organizados em cooperativas seja de apenas 35 mil catadores. “O potencial de organização é muito grande”, explica.
Ele reconhece que os catadores estão temerosos quanto o futuro fim dos lixões, mas aponta que medidas legais procuram fazer uma espécie de reserva de mercado. “A política (Política Nacional dos Resíduos Sólidos) vem no sentido inverso: o lixo existe, o resíduo existe e a lei diz: utilize o catador. Você potencializa e coloca o catador como protagonista”, avalia. O diretor diz que a Lei de Saneamento, anterior à Lei de Resíduos Sólidos, já permitia que prefeituras contratem cooperativas de catadores sem licitação. “Está na mão dela fazer isso. (…) Os catadores vão ter um mercado muito mais amplo do que têm hoje e de maneira muito organizada”, diz.
Nos últimos anos, a inclusão dos catadores e a eliminação dos lixões avançaram no estado de São Paulo. De acordo com o MNCR, Diadema, Biritiba Mirim, Arujá, Assis, Araraquara, Orlândia, Ourinhos e São José do Rio Preto são considerados modelos de coleta com a participação dos catadores. Na capital paulista, não há lixões e o lixo é destinado a aterros sanitários. Entretanto, o MNCR diz que apenas 1% do lixo paulistano é reciclado e mais de 20 mil catadores trabalham nas ruas da cidade sem apoio. (Fonte: G1)