o mosal

O MOSAL é um coletivo formado por pessoas e entidades de Florianópolis cujo objetivo é influir nas políticas públicas de saneamento básico, assim como promover a conscientização dos cidadãos através de ações e oficinas.
SANEAMENTO DESCENTRALIZADO
ESGOTAMENTO SANITÁRIO

RESÍDUOS SÓLIDOS

quinta-feira, 17 de março de 2011

MAIS UM ESPETÁCULO TEATRAL NA CÂMARA DE VEREADORES


Uma vez mais, a Audiência Pública mostrou-se um teatro!
Das 16h, horário de seu início, até as 18h, somente autoridades e vereadores usaram o microfone para fazer suas intervenções e proselitismos - espaço que deveria ser destinado às comunidades, ao povo, que lá se encontrava e que para lá havia ido para se fazer ouvir.
Somente depois das 18h, quando um cidadão manifestou sua indignação, chamando atenção, revoltado, para o descaso com o plenário por parte dos ditos “representantes” dos interesses do povo, é que o microfone foi “liberado” aos cidadãos lá presentes. “Liberado” entre aspas, pois destaco aqui, que, como de praxe nos palanques das audiências públicas, as autoridades e políticos fizeram uso livre do tempo de fala, alugando os ouvidos e paciência dos pagadores de seus salários com muito palavrório e “encheção” de lingüiça, ao passo que, uma vez nas mãos do povo, o tempo de intervenção limitou-se a 3 singelos minutos!!! Casa do povo?
Vale afirmar e reafirmar! Audiência não é Anuência!
O MOSAL participou da dita AP sobre o PMISB na Câmara dos Vereadores com o intuito de reafirmar a compreensão do modelo descentralizado de tratamento de esgotamento sanitário respeitando as microbacias. Isto até pode parecer repetitivo, mas o fato é que a nem a Prefeitura Municipal e nem a CASAN, sequer referem-se ao assunto, e muito menos, respeitam essa condição, presente no dito PMISB, mas que, provavelmente é tida pela dupla como mais um adorno a ser ignorado, já que o modelo perseguido por elas, vide as obras da CASAN pela ilha, inevitavelmente leva à necessidade dos dois emissários submarinos, contrapondo-se diretamente ao modelo descentralizado ecologicamente orientado proposto pelo MOSAL.
Mas afinal, o que saiu dessa Audiência Pública...?
Bem, já no adiantado da hora, por volta das 19h, quando o plenário já estava totalmente esvaziado, conseguiu-se produzir um único encaminhamento concreto: a criação de uma Frente Parlamentar para o Saneamento Básico, que terá que mostrar a que veio!!! Se é para se constituir em palanque para fazer jorrar toneladas de promessas e críticas sem maiores conseqüências, ou se para aprofundar e reformular o projeto do PMISB, necessidade premente, como reafirmou Gert Schinke em sua intervenção, uma vez que esse plano apresentado está totalmente aquém das reais e urgentes demandas da população frente à lastimável situação em que se encontra o saneamento em nossa cidade.
Como já alertado anteriormente pelo MOSAL, este plano parece que foi feito “sob encomenda” para que a CASAN realize o mínimo do mínimo, segundo, principalmente, seus interesses e daqueles que se beneficiam com os seus serviços de “anti-saneamento”.
Raquel Macruz
Veja também no link das fotos do PMISB ao lado, como o Modelo Descentralizado é ignorado em detrimento ao Modelo centralizado. Leia legendas!!!
https://picasaweb.google.com/mosal.contato/PMISBLEVEMENCAOASMICROBACIAS#

quarta-feira, 16 de março de 2011


Polícia ambiental fecha as bombas do Campeche Beach Club

Bombas paradas, água vertendo

terça-feira, 15 de março de 2011

 
 

Bombas paradas, água vertendo


Depois de uma longa batalha junto a vários órgãos de meio ambiente, Ministério Público e prefeitura, finalmente foi a Polícia Ambiental quem resolveu parte da questão do rebaixamento do lençol freático no empreendimento Campeche Beach Club (é, assim, em inglês). Depois de uma denúncia formalizada pelo Conselho Popular do Núcleo Distrital do Campeche, Mosal e Núcelo Distrital do Pântano do Sul, os policias vieram e fizeram o que era óbvio: pediram as licenças. Não havia! Então, tudo teve de ficar suspenso até que a empresa legalize a situação.


A polícia ambiental da região de Florianópolis tem um efetivo de cinco pessoas. Eles têm a sua base ali embaixo da ponte Colombo Sales, dentro de um contêiner. É isso mesmo. Dentro de um contêiner, onde estão há mais de um ano. Quando se cogitou em Santa Catarina colocar presos em contêineres, os movimentos de direitos humanos gritaram contra. Muito justo. Mas, os trabalhadores do Estado estão ali, há quase dois anos, num calorão de dar dó, sem que ninguém se importe com eles. Ainda assim, esses policiais conhecem muito bem o seu trabalho e fazem malabarismos para dar conta de todas as denúncias que chegam aos borbotões. Merecem todo o louvor.


A ação da Polícia Ambiental é preventiva. Se não há licenças, o trabalho de bombeamento tem de parar. Até que tudo seja legalizado ou suspendido de vez.

A comunidade do Campeche e do sul da ilha sabe que isso não configura ainda uma vitória. O lençol freático está sendo sugado ali naquele local desde dezembro de 2010. E, uma olhada nas fotos tiradas esta semana dá conta do tanto de água que ainda está brotando do chão, agora, inclusive, ameaçando as casas vizinhas, tamanho o volume (
http://www.facebook.com/distritocampeche ). Nada indica que esta empresa não possa voltar à carga com todas as licenças necessárias (vide moeda verde), e recomeçar o bombeamento. Ainda assim, é preciso registrar o trabalho eficiente da polícia ambiental. 

Mas, o que precisa ficar claro para a comunidade é que estes empreendimentos estão burlando a lei. Sugam o lençol freático – que é à flor do chão – para construir andares subterrâneos, fugindo assim da exigência dos três andares. É um golpe contra o Plano Diretor e contra a vocação da comunidade.


Esta ação da comunidade na defesa da água foi importante e seguirá sendo, pois outros empreendimentos também estão realizando essa drenagem. Mas, ela não se acaba aqui. É preciso seguir vigilante contra os empreendimentos que aqui se instalam e burlam as regras construídas por todos nós.
 
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