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O MOSAL é um coletivo formado por pessoas e entidades de Florianópolis cujo objetivo é influir nas políticas públicas de saneamento básico, assim como promover a conscientização dos cidadãos através de ações e oficinas.
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terça-feira, 26 de junho de 2012

VÍTIMA DO CÉSIO-137 SERÁ INDENIZADA POR DANOS MORAIS


Em decisão inédita, Justiça condena União e Comissão Nacional de Energia Nuclear a pagar R$ 100 mil à vítima


Goiânia - 1987
Você se lembra disto?


GOIÂNIA - A Justiça Federal em Goiás condenou ontem a União e a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) a pagar indenização de R$ 100 mil...
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Em 1987, a América Latina viveu seu primeiro e maior acidente radiológico, quando 20 gramas de césio-137, presentes dentro de um aparelho de radioterapia desativado, caíram nas mãos de dois catadores de sucata de Goiânia. O elemento radioativo despertou a atenção das pessoas por seu brilho azul e logo desencadeou um processo de contaminação.
Um prédio do Instituto Goiano de Radioterapia destruído e abandonado com um 
aparelho de radioterapia desativado foi a causa deste "Chernobyl do Brasil", que 
foi classificado como nível 5 na Escala Internacional de Acidentes Nucleares. Um aparelho construído nos anos 1950 para tratar câncer virou uma bomba 
radioativa, quando dois catadores de ferro velho, sem conhecimento do perigo, 
tiraram este aparelho com quase 20 gramas da substância radioativa, o Césio 137.
Assim começou uma reação em cadeia que afetou e destruiu a vida de centenas de pessoas. A parte afetada do corpo mais visível foram as mãos, porque com elas foram feitos os primeiros contatos com este elemento altamente radioativo.

                            













A fotografia mostra policiais militares em cordão de isolamento para conter moradores de Goiânia que tentavam impedir o enterro de uma das vítimas do césio-137. (foto: CPDoc JB)
Um dos exemplos mais fortes da segregação sofrida por aqueles que tiveram contato com o Césio 137 foi capturado em uma fotografia que mostra policiais contendo a população goianense, que, com medo da contaminação, tentava impedir o enterro de uma das vítimas na cidade.
Detalhe curioso: uma das soluções que foram cogitadas para o lixo nuclear depois do acidente em Goiânia, que chegou a ser aprovada pelo então presidente José Sarney, era estocar os rejeitos na Serra do Cachimbo, no Pará, em uma área militar próxima à reserva indígena dos Kayapós. 

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