Ao final do ano passado, quando da apresentação do PMISB, o MOSAL alertou a todos sobre o discurso feito pelo representante da MPB Engenharia, no qual declarava que "haveria de se buscar novas soluções ao aterro sanitário de Biguaçu", uma vez que a vida útil (???) do mesmo é de apenas mais alguns anos e diante da “constatação” de que apenas cerca de 4% do lixo é separado na cidade, dando a dica de que o objetivo proposto pelas comunidades de se atingir a meta de 60% em 20 anos é impossível ( principalmente, diante da falta de interesse e vontade política para que tal aconteça), e acenando de forma velada, a construção de incineradores como alternativa à urgência do problema do lixo na cidade.
O que parecia ser uma ilação, por parte do MOSAL, pode agora ter sua confirmação no artigo de Washington Novaes abaixo postado, com alguns trechos tidos pelo MOSAL como relevantes para alertar nossos membros e simpatizantes sobre a denúncia feita anteriormente.
O forte lobby que, ao mesmo tempo dá garantias de lucros aos empresários do lixo, dando a eles larga margem de tempo de funcionamento dos aterros sanitários até que se restabeleçam no mercado, sem prejuízos, é o mesmo que atuará para a construção de incineradores como “solução”, trazendo como bandeira, mais do que antiecológica e cara, a incineração do lixo com dupla função: “desaparecimento” do lixo e fonte de produção de energia através da queima do mesmo.
É a sustentabilidade política do lucro do empresariado indo, uma vez mais, na contramão das soluções adotadas em países, onde o desenvolvimento ecologicamente orientado é levado a sério.
É a sustentabilidade política do lucro do empresariado indo, uma vez mais, na contramão das soluções adotadas em países, onde o desenvolvimento ecologicamente orientado é levado a sério.
Raquel Macruz
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