Bombas paradas, água vertendo
terça-feira, 15 de março de 2011
Bombas paradas, água vertendo
Depois de uma longa batalha junto a vários órgãos de meio ambiente, Ministério Público e prefeitura, finalmente foi a Polícia Ambiental quem resolveu parte da questão do rebaixamento do lençol freático no empreendimento Campeche Beach Club (é, assim, em inglês). Depois de uma denúncia formalizada pelo Conselho Popular do Núcleo Distrital do Campeche, Mosal e Núcelo Distrital do Pântano do Sul, os policias vieram e fizeram o que era óbvio: pediram as licenças. Não havia! Então, tudo teve de ficar suspenso até que a empresa legalize a situação.
A polícia ambiental da região de Florianópolis tem um efetivo de cinco pessoas. Eles têm a sua base ali embaixo da ponte Colombo Sales, dentro de um contêiner. É isso mesmo. Dentro de um contêiner, onde estão há mais de um ano. Quando se cogitou em Santa Catarina colocar presos em contêineres, os movimentos de direitos humanos gritaram contra. Muito justo. Mas, os trabalhadores do Estado estão ali, há quase dois anos, num calorão de dar dó, sem que ninguém se importe com eles. Ainda assim, esses policiais conhecem muito bem o seu trabalho e fazem malabarismos para dar conta de todas as denúncias que chegam aos borbotões. Merecem todo o louvor.
A ação da Polícia Ambiental é preventiva. Se não há licenças, o trabalho de bombeamento tem de parar. Até que tudo seja legalizado ou suspendido de vez.
A comunidade do Campeche e do sul da ilha sabe que isso não configura ainda uma vitória. O lençol freático está sendo sugado ali naquele local desde dezembro de 2010. E, uma olhada nas fotos tiradas esta semana dá conta do tanto de água que ainda está brotando do chão, agora, inclusive, ameaçando as casas vizinhas, tamanho o volume (http://www.facebook.com/ distritocampeche ). Nada indica que esta empresa não possa voltar à carga com todas as licenças necessárias (vide moeda verde), e recomeçar o bombeamento. Ainda assim, é preciso registrar o trabalho eficiente da polícia ambiental.
Mas, o que precisa ficar claro para a comunidade é que estes empreendimentos estão burlando a lei. Sugam o lençol freático – que é à flor do chão – para construir andares subterrâneos, fugindo assim da exigência dos três andares. É um golpe contra o Plano Diretor e contra a vocação da comunidade.
Esta ação da comunidade na defesa da água foi importante e seguirá sendo, pois outros empreendimentos também estão realizando essa drenagem. Mas, ela não se acaba aqui. É preciso seguir vigilante contra os empreendimentos que aqui se instalam e burlam as regras construídas por todos nós. Fonte: Blog da Elaine Tavares--
Bombas paradas, água vertendo
terça-feira, 15 de março de 2011
Bombas paradas, água vertendo
Depois de uma longa batalha junto a vários órgãos de meio ambiente, Ministério Público e prefeitura, finalmente foi a Polícia Ambiental quem resolveu parte da questão do rebaixamento do lençol freático no empreendimento Campeche Beach Club (é, assim, em inglês). Depois de uma denúncia formalizada pelo Conselho Popular do Núcleo Distrital do Campeche, Mosal e Núcelo Distrital do Pântano do Sul, os policias vieram e fizeram o que era óbvio: pediram as licenças. Não havia! Então, tudo teve de ficar suspenso até que a empresa legalize a situação.
A polícia ambiental da região de Florianópolis tem um efetivo de cinco pessoas. Eles têm a sua base ali embaixo da ponte Colombo Sales, dentro de um contêiner. É isso mesmo. Dentro de um contêiner, onde estão há mais de um ano. Quando se cogitou em Santa Catarina colocar presos em contêineres, os movimentos de direitos humanos gritaram contra. Muito justo. Mas, os trabalhadores do Estado estão ali, há quase dois anos, num calorão de dar dó, sem que ninguém se importe com eles. Ainda assim, esses policiais conhecem muito bem o seu trabalho e fazem malabarismos para dar conta de todas as denúncias que chegam aos borbotões. Merecem todo o louvor.
A ação da Polícia Ambiental é preventiva. Se não há licenças, o trabalho de bombeamento tem de parar. Até que tudo seja legalizado ou suspendido de vez.
A comunidade do Campeche e do sul da ilha sabe que isso não configura ainda uma vitória. O lençol freático está sendo sugado ali naquele local desde dezembro de 2010. E, uma olhada nas fotos tiradas esta semana dá conta do tanto de água que ainda está brotando do chão, agora, inclusive, ameaçando as casas vizinhas, tamanho o volume (
http://www.facebook.com/ distritocampeche ). Nada indica que esta empresa não possa voltar à carga com todas as licenças necessárias (vide moeda verde), e recomeçar o bombeamento. Ainda assim, é preciso registrar o trabalho eficiente da polícia ambiental.
Mas, o que precisa ficar claro para a comunidade é que estes empreendimentos estão burlando a lei. Sugam o lençol freático – que é à flor do chão – para construir andares subterrâneos, fugindo assim da exigência dos três andares. É um golpe contra o Plano Diretor e contra a vocação da comunidade.
Esta ação da comunidade na defesa da água foi importante e seguirá sendo, pois outros empreendimentos também estão realizando essa drenagem. Mas, ela não se acaba aqui. É preciso seguir vigilante contra os empreendimentos que aqui se instalam e burlam as regras construídas por todos nós.
Fonte: Blog da Elaine Tavares
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