MOSAL- presente!!!
Militantes do ND do Campeche, ND do Pântano do Sul, Rádio Campeche e outros tantos do sul como de outras localidades da ilha realizaram um ato de protesto ontem, 02 de março, no Ministério Público Federal onde também fizeram denúncia contra o empreendimento “Campeche Beach Club”, que está drenando água do lençol freático desde há meses, num total de 130 mil litros por dia!!!
Veja matéria abaixo:
por Elaine Tavares
Representantes das entidades do Conselho Popular do Núcleo Distrital do Campeche, mais o Movimento Saneamento Alternativo (Mosal) e Núcleo Distrital do Pântano do Sul, realizaram ontem, 02 de março, um ato de protesto em frente ao Ministério Público Federal onde também ofereceram denúncia contra o empreendimento “Campeche Beach Club”, que está drenando água do lençol freático desde há meses, num total de 130 mil litros por dia. É água pura que está sendo jogada fora e cujo rebaixamento do lençol pode provocar inúmeros problemas, inclusive a desertificação do bairro. As entidades denunciaram ainda que o empreendimento pretende burlar o Plano Diretor, construindo um subsolo, garantindo assim bem mais do que três pavimentos.
Os seres humanos são feitos 75% de água, logo, a água é fundamental para a vida, e esta que brota das torneiras não é coisa mágica. Ela precisa existir na natureza e estar em condições para o consumo. O Campeche tem um lençol freático de muita qualidade que tem servido para o abastecimento de toda a planície. Essa reserva não é inesgotável. Pode acabar se não for cuidada.
Hoje, as grandes construções em andamento no Campeche, para ganhar espaço no subsolo, têm drenado água, provocando o rebaixamento do lençol freático. Esse tipo de ação pode causar sérios problemas para todos os que ali vivem, tais como: redução da umidade média dos terrenos em volta, provocando a perda da exuberância dos jardins com flores e árvores podendo até secar; afeta a vitalidade da vegetação de grande porte que se utiliza da água do lençol; faz com que os terrenos próximos à obra afundem e os pavimentos rachem. Além disso, como estamos próximo do mar, a água que escorre 24 horas, caminha para o oceano e depois volta junto com a água do mar, provocando a salinização da água do aqüífero, destruindo a capacidade de abastecimento.
Os representantes das entidades estiveram reunidos com o procurador Eduardo Barragan que prometeu investigar o caso. As entidades também foram até o Ministério Público Estadual onde igualmente ofereceram denúncia. Agora, se espera que os órgãos competentes garantam o fim deste crime ambiental. Durante as conversas nos ministérios, as entidades deixaram claro que ali é a última alternativa de busca de ajuda, uma vez que os órgãos como SUSP, Fatma, Ibama e IPUF não tomaram qualquer atitude com relação aos empreendimentos. Também denunciaram que outras construtoras que estão agindo no bairro igualmente estão com planos de rebaixamento do lençol freático e lembraram que a água que é consumida na planície do Campeche vem do subsolo, e não apenas do complexo do Peri. “Cuidar da água é fundamental para a vida da comunidade”, finalizou Telma Piacentini, uma das representantes das entidades.
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