o mosal

O MOSAL é um coletivo formado por pessoas e entidades de Florianópolis cujo objetivo é influir nas políticas públicas de saneamento básico, assim como promover a conscientização dos cidadãos através de ações e oficinas.
SANEAMENTO DESCENTRALIZADO
ESGOTAMENTO SANITÁRIO

RESÍDUOS SÓLIDOS

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

- Panfleto distribuído durante manifestações contra a OSX

                                          

       NOTA SOBRE O ESTALEIRO OSX 




O Movimento Saneamento Alternativo – MOSAL, coletivo popular formado há pouco mais de um 

ano em Florianópolis por lideranças comunitárias, entidades ecológicas, comunitárias, sindicais e 
instâncias   de   discussão do   Plano   Diretor   Participativo,   trava   uma   árdua   batalha   em   defesa   do 
modelo     descentralizado    de   saneamento     que   utiliza  tecnologias  alternativas  e  ecologicamente 
sustentáveis.   Esse   princípio,   base   do   modelo   que   o  MOSAL   defende,   colide frontalmente   com a 
política e o modelo centralizado de tratamento sanitário implementado pela PMF-CASAN-PAC que 
propõe a implantação de dois mega-emissários submarinos na ilha – em Ingleses e no Campeche. 


O    MOSAL     participa   do   MOVIMENTO        EM   DEFESA      DAS    BAIAS   DE    FLORIANÓPOLIS   por 
entender   que   a   solução   para   a   questão   do   saneamento   é   dramática   na   região   metropolitana, 
impactando, sobretudo, as baias marítimas norte e sul com imensos volumes de esgoto e outros 
poluentes. Esse fator, isoladamente, já limita hoje a expansão da pesca e da maricultura, além de 
trazer inconvenientes para o turismo local, carro chefe da região em boa parte do ano. 


A par dos inquestionáveis impactos negativos que trará à fauna e flora nas áreas marítimas e da 
orla no entorno, o empreendimento “Estaleiro OSX” agravará ainda mais o triste quadro em que se 
encontra   o   tratamento    sanitário,   ao   promover  imenso   afluxo  de   pessoas   em   busca   de   novas 
oportunidades de emprego em Biguaçu e região metropolitana. Esse argumento, como em tantos 
outros casos, embora sedutor em curto prazo, se mostra falacioso, pois ao mesmo tempo em que 
promete     novos   empregos,     eliminará  outros   já  estabelecidos   com    as  atividades   da  economia 
tradicional da região. A soma redunda em ganho zero aos trabalhadores, cujo horizonte de longo 
prazo não é nada bom, pois a “vida útil” do estaleiro ficará em torno de 12 a 15 anos. 


Por outro lado, a empresa OSX aproveita-se da especulação gerada em torno da descoberta de 
petróleo na camada do pré-sal, fator que acelera e incrementa exponencialmente a extração e uso 
de   hidrocarbonetos,   justo   a   energia   fóssil   que   o   mundo   precisa   dispensar   urgentemente   para 
inverter o efeito estufa que promove as mudanças climáticas percebidas no planeta inteiro. 


Na    esteira   dos   mega-investimentos      em    equipamentos      navais   que   serão   contratados    pela 
PETROBRAS   para   a   exploração   do   pré-sal,   resultado   da   atual   política   do   governo   federal,   o 
estaleiro   OSX  se   coloca   na   contramarcha   da   história,   que   hoje, mais   do   que   nunca,   e  de   forma 
urgentíssima,   necessita   o   incremento   do   uso   de   energias   alternativas   –   solar,   fotovoltaica   e   de 
biomassa      ecologicamente     produzida.   Só  há  um   claro  ganhador    nessa   macabra     equação    –  a 
empresa OSX e seus proprietários. 


Em função desses inquestionáveis argumentos e de outros aqui não apontados, que 
já são de conhecimento público, o MOSAL defende menor uso do petróleo e diz 


NÃO AO ESTALEIRO OSX !!! 

                                                                CONTATOS: mosal.contato@gmail.com 

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